sexta-feira, 13 de maio de 2016

Como os conceitos de startup podem impulsionar novos negócios



por Fábio Bandeira de Mello

Uma vertente que veio para ficar dentro da Administração e do mundo dos negócios é a startup. Esse novo tipo de negócio, é baseada em evitar desperdício de tempo e recursos em um produto ou serviço obtendo, ainda assim, mais qualidade em seu processo final. No entanto, quando se fala em startup, é muito comum surgirem dúvidas sobre o que é como implementar uma.
Em uma definição breve, uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza. Isso quer dizer que a empresa precisa ser capaz de entregar o mesmo produto novamente em escala potencialmente ilimitada e sem muitas customizações ou adaptações para cada cliente (repetível); que ela possa crescer em receita, mas que isso não impacte nos custos de manutenção ou em seu modelo de negócios (escalável); e que não há como afirmar se o projeto irá realmente dar certo (cenário de incerteza). 
Ou seja, nem todas as empresas em estágio inicial são startups e tão pouco apenas aquelas que crescem rapidamente. No entanto, startups precisam ter preocupações como qualquer outra organização: envolvem clientes, fornecedores, sócios, logística, marketing e produto, e esses elementos devem ser administrados de maneira sistêmica e estratégica. 
Mas como implementar?
O americano Eric Ries indicou uma uma metodologia para startups que não envolvesse o método tradicional de gestão: o lean startup. Em vez do planejamento minucioso, no qual é criado um plano de negócios e é descrito projeções de receita, lucro e fluxo de caixa para os próximos anos – com todas as etapas clássicas na montagem de um negócio -, a metodologia defende a experimentação e a opinião do cliente.
Nessa metodologia, a empresa vai ao mercado pedir a opinião de potenciais consumidores ou clientes sobre todos os elementos do modelo de negócios, incluindo características do produto, preços, canais de distribuição e estratégias econômicas. O novo empreendimento cria com rapidez um produto mínimo viável e busca a opinião do cliente o mais rápido possível. Com base nas respostas obtidas, busca novas versões e faz ajustes até encontrar o produto ideal.
Universidades de Administração e programas de MBA vêm, cada vez mais, incluindo em suas grades estudos e casos que adotam essa abordagem. No Brasil, apesar do método ainda ser novo, começa a ser adotado com mais frequência por novos empreendedores e até por empresas que desejam deixar mais “enxuto” algum setor específico.  
O método lean startup, de acordo com Eric Ries, possui alguns princípios fundamentais que formam a base do conceito:
Mínimo Produto Viável - É a versão mínima de um novo produto. Através dela é possível capturar mais informações e aprender sobre as necessidades e expectativas do cliente final. O intuito é evitar esforços na criação de recursos desnecessários ou que não sejam do interesse para o consumidor. 
Deploy Contínuo - O trabalho da equipe é atualizado frequentemente para o cliente final. A ideia é a finalização da construção de um novo recurso e a sua disponibilização seja em tempo reduzido para receber uma avaliação também mais rápida.
Teste A/B – Quando possível, a ideia consiste em disponibilizar mais de uma versão do produto no mercado. O intuito é ter um feedback de como os clientes reagem sobre os modelos diferentes do produto. A partir da reação dos usuários diante destas diferentes possibilidades, a organização pode aprender o que o usuário prefere.
Métricas Acionáveis - São métricas que quando acionadas oferecem informação necessária para que a organização possa tomar decisões sobre o negócio. 
Pivot - É uma mudança mais completa no curso de um produto. O pivot pode ser visto como uma nova hipótese estratégica que requer um novo MPV para ser testado.

Diferenças

Veja abaixo algumas diferenças entre Lean Startup e o modelo tradicional de negócios


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