por Fábio Bandeira de Mello
Uma vertente que veio para ficar dentro da Administração
e do mundo dos negócios é a startup. Esse novo tipo de negócio, é baseada em
evitar desperdício de tempo e recursos em um produto ou serviço obtendo, ainda
assim, mais qualidade em seu processo final. No entanto, quando se fala em
startup, é muito comum surgirem dúvidas sobre o que é como implementar uma.
Em uma definição breve, uma startup é um grupo de pessoas
à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em
condições de extrema incerteza. Isso quer dizer que a empresa precisa ser capaz
de entregar o mesmo produto novamente em escala potencialmente ilimitada e sem
muitas customizações ou adaptações para cada cliente (repetível); que ela possa
crescer em receita, mas que isso não impacte nos custos de manutenção ou em seu
modelo de negócios (escalável); e que não há como afirmar se o projeto irá
realmente dar certo (cenário de incerteza).
Ou seja, nem todas as empresas em estágio inicial são
startups e tão pouco apenas aquelas que crescem rapidamente. No entanto,
startups precisam ter preocupações como qualquer outra organização: envolvem
clientes, fornecedores, sócios, logística, marketing e produto, e esses
elementos devem ser administrados de maneira sistêmica e estratégica.
Mas como implementar?
O americano Eric Ries indicou uma uma metodologia para
startups que não envolvesse o método tradicional de gestão: o lean startup. Em
vez do planejamento minucioso, no qual é criado um plano de negócios e é
descrito projeções de receita, lucro e fluxo de caixa para os próximos anos –
com todas as etapas clássicas na montagem de um negócio -, a metodologia
defende a experimentação e a opinião do cliente.
Nessa metodologia, a empresa vai ao mercado pedir a
opinião de potenciais consumidores ou clientes sobre todos os elementos do
modelo de negócios, incluindo características do produto, preços, canais de
distribuição e estratégias econômicas. O novo empreendimento cria com rapidez
um produto mínimo viável e busca a opinião do cliente o mais rápido possível.
Com base nas respostas obtidas, busca novas versões e faz ajustes até encontrar
o produto ideal.
Universidades de Administração e programas de MBA vêm,
cada vez mais, incluindo em suas grades estudos e casos que adotam essa
abordagem. No Brasil, apesar do método ainda ser novo, começa a ser adotado com
mais frequência por novos empreendedores e até por empresas que desejam deixar
mais “enxuto” algum setor específico.
O método lean startup, de acordo com Eric Ries, possui
alguns princípios fundamentais que formam a base do conceito:
Mínimo Produto Viável - É a versão mínima de um novo produto. Através dela é
possível capturar mais informações e aprender sobre as necessidades e
expectativas do cliente final. O intuito é evitar esforços na criação de
recursos desnecessários ou que não sejam do interesse para o consumidor.
Deploy Contínuo - O trabalho da equipe é atualizado frequentemente para o
cliente final. A ideia é a finalização da construção de um novo recurso e a sua
disponibilização seja em tempo reduzido para receber uma avaliação também mais
rápida.
Teste A/B –
Quando possível, a ideia consiste em disponibilizar mais de uma versão do
produto no mercado. O intuito é ter um feedback de como os clientes reagem
sobre os modelos diferentes do produto. A partir da reação dos usuários diante
destas diferentes possibilidades, a organização pode aprender o que o usuário
prefere.
Métricas Acionáveis - São métricas que quando acionadas oferecem informação
necessária para que a organização possa tomar decisões sobre o negócio.
Pivot - É
uma mudança mais completa no curso de um produto. O pivot pode ser visto como
uma nova hipótese estratégica que requer um novo MPV para ser testado.
Diferenças
Veja abaixo algumas diferenças entre Lean Startup e o
modelo tradicional de negócios
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